Uma Pascoa diferente – Mont Saint Michel

Viemos postar sobre a nossa Pascoa, que foi super diferente este ano. A Páscoa para nós tem um significado muito especial, não pelos chocolates, ovos, presentes, mas sim pela celebração da Ressureição de Jesus. Ele está vivo, e por isso nos alegramos!

Na sexta-feira, levamos uma lembrança para os professores da escola da Laura (são dois mestres e uma auxiliar), e o cartaozinho foi idéia da Laura (Joyeuses Pâques!):

Aproveitamos o feriado (que aqui é na segunda-feira) para pegar a estrada até um dos pontos turísticos mais visitados da França: Mont Saint Michel (Monte São Miguel), na Bretanha-Normandia, a 360 km a oeste de Paris. Saímos no domingo cedo, e Xande e Elaine foram conosco. Fomos de carro, e as estradas aqui são realmente um “tapete”, bem conservadas, com áreas de parada bem sinalizadas, fora as paisagens maravilhosas do interior da França.

Nós optamos por nos hospedar num hotel em Dinan (http://www.dinan-tourisme.com) , cidadezinha medieval a 50 km do Mont Saint Michel, pela localização fácil e pelo preço de hospedagem também. E valeu muito a pena, pois a cidade é uma graça, com muitos monumentos históricos, vista panorâmica, arquitetura muito antiga. É uma destas vilas cuja imagem se fixa para sempre na memória. Ficamos  no Hotel  Duglesclin(http://www.residhotelduguesclin.com/), apartamento para seis pessoas, super agradável e otimo custo x benefício.

Ainda no sábado, fomos a Saint Malo ( http://www.ville-saint-malo.fr), uma cidade fortificada, cercada por muralhas (intra muros) na orla marítima. Ah, como é bom ver o mar novamente, ainda mais para o Xande e Elaine, que estão aqui há dois anos.  Saint Malo foi bombardeada durante a 2a. guerra mundial, e 80% da cidade antiga foi inteiramente reconstruída. A parte histórica dentro do Intra Muros é fantástica, com ruelas românticas marcadas pela bela arquitetura da região. A parte gastronômica típica é recheada de crepes, pizzas, e uma variedade de frutos do mar.

Saint Malo – foto aérea

Voltamos ao hotel, e domingo de manhã partirmos para o Mont Saint Michel ( http://www.lemontsaintmichel.info ), também conhecido como a “Merveille de L´Occident” (Maravilha do Ocidente), que  foi classificado monumento histórico em 1874 e está na lista do patrimônio mundial da Unesco desde 1979. Uma arquitetura medieval e prodigiosa da Idade Média, erguida em uma ilha rochosa cercada por muralhas, realmente magnífico.  A Laura disse que era o Castelo da Cinderella, eh,eh! Deixamos o carro no estacionamento pago, e depois todo o percurso é feito a pé.

 Mont Saint Michel – foto aérea maré cheia

Depois de cruzar a muralha externa e entrar na cidade, o trajeto rumo ao topo do monte passa por ruazinha repleta e lojas vendendo souvenirs, lembranças, antiguidades, há diversos restaurantes, hotéis e até um museu de cera, que conta a história da cidade e seus personagens. No monastério, bem no alto, temos um jardim interno lindíssimo, que aparece numa das fotos abaixo.

A imensa baía é outro espetáculo impressionante, e o movimento das marés duas vezes por dia deve ser observado com cautela. Com a maré alta, as águas podem subir até 15 metros, o que envolve necessariamente distâncias significativas: quando o mar recua, o areal fica fica descoberto por mais de uma dezena de quilometros.  Apesar da tentação de um passeio pelo areal até ao mar , existem riscos de areias movediças, e da maré que sobe a uma velocidade razoável (como se diz localmente, à velocidade de uma cavalo a trote). Para evitar qualquer problema, os visitantes são aconselhados a consultar os horários das marés e regressar uma hora e meia, pelo menos, antes da maré cheia. Inclusive as áreas de estacionamento são encobertas na maré cheia.

Pesquisando um pouquinho da História, o Monte Saint Michel foi uma fortaleza durante a Guerra dos Cem anos, resistindo a todas as tentativas inglesas de tomá-la e sendo assim, um símbolo da identidade nacional francesa. O monte também foi por longo tempo (1789 até 1863) utilizado como prisão. E isto está tudo lá, diante dos nossos olhos!!  O monte era ligado ao continente através de um istmo natural que era coberto pelas marés altas, mas ao longo dos séculos  o rio Cousenon foi canalizado, diminuindo seu aporte de água e acelerando o assoreamento da baía. Hoje existe uma passagem seca asfaltada que liga o monte ao continente, mas há um projeto do governo francês de construção de barragens (que já pudemos conferir) para tornar novamente o monte uma ilha , devendo ser completado em 2012.

No final da tarde, retornamos para Paris por uma estrada departamental,e pudemos ver a beleza da campagne no interior da França. É realmente um passeio que deveria entrar na rota de quem vem fazer turismo na França com um pouquinho mais de tempo.

Obs.: A Laura, apesar de ser tão novinha, nos acompanhou em tudo, andou e brincou bastante, olhava tudo com admiração, mesmo sendo um programa para adultos. Ponto para ela!

Beijos,

Familia Vergés.